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domingo, 9 de março de 2014

Artigo Jornal Tribuna 09.03.2014

Vamos lutar até vencermos

A luta por igualdade de direitos entre homens e mulheres é histórica. Encontramos registros do ano de 1788 quando o político e filósofo francês Condorcet reivindicava direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres. Em 1840 - Lucrécia Mott lutava pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos. Em 1859 surgia em São Petersburgo, na Rússia, um movimento de luta pelos direitos das mulheres. Em 1862 as mulheres puderam votar pela primeira vez na Suécia. Em 1865, Louise Otto, criou a Associação Geral das Mulheres Alemãs. Em 1866, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas. Nos Estados Unidos surge em 1968 a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres. Na França, em 1870, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina. Já o Japão cria em 1874 a primeira escola normal para moças. Em 1878 é a vez da Rússia criar uma Universidade Feminina. Em 1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres. Digna de registro as manifestações das mulheres russas por "Pão e Paz", por melhores condições de vida, trabalho e contra a entrada do seu país na Primeira Guerra Mundial. Certamente, o grande marco da luta feminina ocorreu em 8 de março de 1857, quando operárias de uma fábrica de tecidos, de Nova York, fizeram uma enorme greve onde reivindicavam melhores condições de trabalho, redução na carga diária para dez horas (elas cumpriam 16 horas de trabalho diário) e igualdade de salários com os homens. O desfecho foi trágico e cerca de 130 tecelãs morreram carbonizadas já que a fábrica foi trancada e incendiada. Em 1910, em Copenhague, a Internacional Socialista dirige a primeira conferência internacional de mulheres, onde a alemã Clara Zetkin propõe a instituição de um Dia Internacional da Mulher, celebrado em 19 de março de 1911, por mais de um milhão de pessoas, na Alemanha, Áustria, Dinamarca, e Suíça. No Brasil, embora sem muita pompa, celebramos no dia 24 de fevereiro, os 82 anos do direito feminino ao voto, conquista garantida pelo Código Eleitoral Provisório aprovado por Getúlio Vargas. Foi um grande passo para que as mulheres fossem reconhecidas como cidadãs com plenitude de direitos. Curiosamente, hoje temos uma mulher na presidência da República, mas poucas senadoras e deputadas. Temos governadoras, mas poucas deputadas estaduais. Cidades como São Paulo e Ribeirão Preto já elegeram mulheres para a chefia do executivo, mas as bancadas femininas nas câmaras municipais são reduzidas. Em pleno século XXI as mulheres continuam sendo agredidas, violentadas, exploradas e até traficadas. Na luta das mulheres uma das fotos que foram eternizadas retrata uma manifestação com cartazes onde estão escritas frases com pleitos e palavras de ordem. Bem ao centro, ao lado de um homem de braços cruzados, uma mulher de pequena estatura empunha uma placa onde se lê: “we shall fight until we win”, que em bom português significa: “vamos lutar até vencermos”. Na busca por uma sociedade igualitária, as mulheres de todo o mundo são conclamadas a continuar na luta, agora contando com o apoio de vários homens. Vamos lutar até vencermos!






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