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domingo, 14 de julho de 2013

Artigo Jornal Tribuna 14.07.2013


 A primeira passeata ninguém esquece


Ribeirão Preto reproduziu a mobilização nacional que tomou conta das ruas em junho e julho. Por aqui a principal reivindicação foi em relação ao transporte coletivo. Na Câmara Municipal recebemos os manifestantes e uma frente parlamentar passou a acompanhar o tema. Tive a oportunidade de representar os vereadores, participando de reunião na TRANSERP, na Faculdade de Administração, Economia e Contabilidade da USP (FEA), disponibilizando as planilhas e dialogando com integrantes do movimento, tanto no acampamento quanto no Palácio Rio Branco. Enquanto servidor, dirigente sindical e vereador também participei das várias atividades desenvolvidas pelo nosso Sindicato tanto no tema IPM quanto na adequação da estruturação do plano de classificação de cargos, vencimentos e carreiras no Serviço Público Municipal da Administração direta e autárquica. Também, prestigiamos o Dia Nacional de Luta do movimento sindical unificado de Ribeirão Preto que, por meio das várias centrais apresentou uma pauta de reivindicações entre as quais o fim do fator previdenciário, a redução de jornada sem redução de salários, a redução das terceirizações, a criação das Secretarias Municipais da Indústria e Comércio e a do Emprego e Renda. Nas questões do transporte o momento é de estudo das planilhas, avançando na observação das cláusulas contratuais, especialmente quanto à qualidade. Nas reivindicações das centrais ficou evidenciada a necessidade de colocar o trabalhador na ordem do dia. Não há como admitir a discussão de transporte, saúde, educação e qualidade nos serviços públicos sem a participação das representações trabalhistas. Já em relação à luta dos aposentados e pensionistas, lembramos que não é apenas para que a superintendência do instituto de previdência seja exercida por pessoas da carreira, o pleito maior é por dignidade tanto de tratamento quanto nos proventos. Quanto ao coletivo de servidores, o tão esperado Plano de Carreira é uma realidade que necessita de ajustes e aperfeiçoamento em relação a algumas funções. Nas várias reuniões observamos sensível avanço que precisa agora ser concretizado através dos instrumentos legais próprios. Excluindo os vândalos e os aproveitadores de plantão, as manifestações trazem um saldo positivo e como entusiasta da participação popular e do controle social, entendo que o momento é de avançar e iniciar o salutar e exercício de reunir na mesma mesa governo, políticos, trabalhadores, empresários e sociedade civil organizada para encontrar falhas, gargalos, reduzir gorduras, desmistificar lendas e apontar caminhos e alternativas para um país melhor onde cada qual saiba exigir seus direitos, com a legitimidade de quem já cumpriu seus deveres.