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domingo, 26 de maio de 2013

Artigo Jornal Tribuna 26.05.13

Uma Cidade Agradável

Arquitetos e urbanistas, ambientalistas, políticos e vários segmentos profissionais têm adotado a expressão “cidades sustentáveis” que conceitualmente são aquelas capazes de desenvolver políticas públicas de promoção do meio ambiente em sintonia com a natureza. Isto passa pela estruturação adequada das edificações, ruas, sistemas de abastecimento de energia elétrica, água e gás.
A proposta é disponibilizar a população equipamentos urbanos capazes de suprir as necessidades de transporte, habitação, serviços públicos de qualidade, geração de emprego e renda.
Para se construir uma cidade sustentável é preciso ousadia na elaboração de legislação e rigor no sistema de fiscalização, eficientes para ordenar o parcelamento e uso do solo evitando empreendimentos que comprometam a estrutura viária, a rede de esgoto e que gerem poluição ambiental e sonora, além de degradação dos recursos naturais. O uso adequado dos mananciais de água, a consciência na geração e descarte de resíduos sólidos e a utilização de fontes de energia renováveis de energia são itens fundamentais.
Circulando pelas ruas de nossa cidade podemos observar que, infelizmente, estamos longe deste ideal de cidade. E a primeira tentação é culpar os administradores que conduziram nossos destinos até o momento. A falta de manutenção na malha viária, o mato alto, os imóveis públicos deteriorados, o lixo, os galhos de árvores pelas calçadas, os constantes vazamentos de água e o trânsito complicado não surgiram hoje, mas precisam ser resolvidos hoje para que tenhamos um amanhã melhor. Então, podemos afirmar que a culpa e a responsabilidade de mudar este quadro é do poder público.
Ocorre que um olhar mais atento nos revelará que grande parte dos problemas é causado exclusivamente pelas posturas incorretas dos indivíduos. Quem não planta uma árvore ou poda a sua árvore de modo indiscriminado está colaborando para piorar o efeito estuda. Quem atira papéis e garrafas pela janela, não utiliza cestos de lixo, é imprudente no trânsito e não exercita a cortesia nas relações cotidianas, também é culpado e responsável pela atual situação.
Mas, assumir culpas ou responsabilidades não faz parte de nossa cultura. É mais fácil culpar o outro. Sim, o causador de todos os males é sempre o vizinho, o político, o calor, o frio, a chuva, o destino, nunca nós mesmos.
Terminou o tempo de apenas apontar culpados e responsáveis pelas mazelas. Chegou a hora de cada um assumir a sua cota parte na nova missão de transformar a realidade urbana brasileira. Exemplos positivos não faltam e todos iniciaram com boa formação educacional e exercícios cotidianos de cidadania e lhaneza.
O individuo educado respeita as regras de trânsito, joga lixo no lixo, cuida da sujeira de seus animais de estimação, mantém seus terrenos limpos e cuidados, colabora com projetos sociais, participa da vida política de sua comunidade e sabe quais seus direitos e suas obrigações.
Neste novo tempo devemos reduzir a energia gasta apontando o dedo pra utilizá-la no arregaçar das mangas e mãos à obra. Há uma nova cidade a ser construída que para muitos é utópica, mas que juntos podemos torná-la uma agradável realidade.