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domingo, 7 de abril de 2013

Artigo Jornal Tribuna 07.04.13

Ensino de qualidade do pré à pós
As notícias sobre a educação no país são sempre polêmicas. Se de um lado comemoramos indicadores como a ampliação de inscritos no Enem, da oferta de vagas nas universidades e do número de pós-graduandos, de outro observamos a penúria e precariedade em alguns estados e municípios.
            Certamente o primeiro e maior investimento deve ser na formação, capacitação e remuneração digna dos professores. Associado a isto observamos a necessidade de proporcionar condições ideais de trabalho passando desde a segurança até a disponibilização dos meios tecnológicos.
            Os modelos de educação adotados pelo Brasil sempre privilegiaram o ensino e não a pesquisa. As avaliações desenvolvidas por meio de castigo ou premiação proporcionaram uma geração submissa e estática. No imaginário escolar era mais importante “passar de ano” do que aprender. O momento atual exige uma educação transformadora capaz de proporcionar cidadãos conscientes, livres, empreendedores e, principalmente, comprometidos com o desenvolvimento da nação. É o apoderamento da informação e do conhecimento.
            O protagonismo que o país exerce no cenário nacional somente será mantido com uma educação de qualidade da pré-escola até a pós-graduação. Para a construção de uma escola crítica e justa a implementação das leis do ensino de sociologia, filosofia e da cultura e tradição afro-brasileira exercem importante papel.  A implantação e valorização das organizações estudantis no âmbito de todas as escolas, dos grêmios aos diretórios acadêmicos é outro objetivo indispensável para a consolidação do novo perfil do estudante brasileiro.
Garantir a meta de investimento de 10% do PIB na educação foi uma grande conquista, assegurar as condições de cumprimento é o novo desafio. Outro ponto a ser enfrentado com serenidade é a distribuição das universidades e cursos de forma a atender as necessidades regionais. Na saúde, no direito, na engenharia e em outros setores estratégicos, observamos o excesso de profissionais em determinados centros em detrimento à grande carência em outros.
Nunca se preencheram tantas vagas nos cursos de formação superior e a pós-graduação começa a apresentar grande expansão.  Diferente do que pregam os pessimistas de plantão, nossa produção científica está em décimo terceiro lugar, embora continuemos precisando de mais pesquisados, mestre e doutores que tenham o compromisso de sair dos muros da academia e levar seus conhecimentos para os diversos setores da sociedade.
Se na pré-escola um dos maiores desafios é ampliar o número de vagas, no ensino fundamental e médio temos que reduzir drasticamente a evasão. Já na formação superior a urgência está na formação de mais profissionais capacitados e a ampliação do exitoso ensino à distância para atingir especialmente nos distantes rincões brasileiros.
Para tudo isso é fundamental a mobilização social e política e a redução das diferenças drásticas de um país onde escolas adotam um tablet por aluno, enquanto outras sequer possuem cadeiras para acomodar seus alunos. Mas o tempo das lamúrias terminou, chegou a hora de fazer a diferença. E a diferença está na educação de qualidade do bebê ao doutor.