Brasileiro Sangue Bom!
A Corrida 6 Milhas Bombeiros
encerra com chave de ouro o mês da Campanha “Bombeiro Sangue Bom” com a quebra
do recorde anterior que era de 7 mil doações.
Dados do Ministério da Saúde
apontam que apenas 1,8% da população brasileira adulta faz doações regulares de
sangue, a Organização Mundial de Saúde (OMS), preconiza que o ideal seria de 3
a 5% da população. Durante a campanha, Ribeirão Preto chega a alcançar o
percentual de 3,12% de doadores.
O mês de julho é escolhido, pois
é o período de férias onde aumentam o número de acidentes nas estradas e também
o número de doadores. O sangue é tecnicamente classificado como tecido, além
dele tem as córneas, medula óssea, pele, cartilagem e ossos que também podem
ser doados. Existem poucas campanhas incentivando a doação de órgãos entre os
quais coração, pulmões, rins, fígado, pâncreas e valvas cardíacas.
O número de brasileiros que
espontaneamente fazem suas doações é muito pequeno e geralmente as pessoas somente
se mobilizam quando vivenciam experiências de dor ou de perda. Um familiar
adoentado e em sofrimento acaba motivando pessoas que, normalmente não
dedicariam poucos minutos de suas vidas para fazer doação de sangue.
Quando tratamos de doações de órgãos
a situação é mais delicada, pois a maioria das doações possíveis é de pessoas
falecidas e o momento da emoção e a falta de informações dificultam as doações,
captações e transplantes. O processo todo deve ser realizado com técnicas
propícias e dentro de um tempo exíguo.
Os bombeiros personificam a
imagem do herói. Além de combater incêndios, atuam em situações críticas como
afogamento, acidentes de trânsito, partos emergenciais, entre outros. Ao
convocar a sociedade para a doação de sangue é como se partilhassem a
capacidade que cada ser humano possui de ser protagonista de atitudes heroicas já que um doador pode salvar até quatro vidas. O mesmo ocorre com os doadores
de órgãos que, mesmo após a morte, podem devolver a possibilidade de
restabelecimento da saúde e melhoria na qualidade de vida de algumas pessoas.
Aos poucos outros ícones como
atores e atletas começam a atuar nesta seara de sensibilização. Já os serviços
públicos precisam de maiores estruturas de modo a estarem preparados a
recepcionar eventual aumento na quantidade de órgãos e tecidos doados.
Em uma sociedade que começa a
questionar posturas políticas, sociais e econômicas, a mobilização em favor da
solidariedade, especialmente no sentido de preservação da vida em plenitude
deve ser disseminada permanentemente. A agenda não termina em agosto, pelo
contrário, todos nós somos convidados a sermos doadores durante todo o ano.
Além do Bombeiro Sangue Bom
precisamos de Brasileiro Sangue Bom!